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Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo suspenderam a greve que tinham anunciado para esta sexta-feira (1º). Na noite desta quinta (30), eles recuaram, diante da expectativa da realização de uma audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) nesta sexta.
A greve tinha sido convocada pela Chapa 4, que disputou as eleições para a presidência do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo). O grupo venceu o pleito na semana passada, mas a disputa acabou suspensa pela Justiça do Trabalho.
A decisão se dá também após a Prefeitura de São Paulo ter classificado o movimento como "ilegal" e protocolado um mandado de segurança no TRT. Na ação, a prefeitura pediu a tutela antecipada para que seja garantida a manutenção integral de funcionamento da frota de ônibus, sob a pena de multa de R$ 1 milhão por dia de paralisação.
O Sindmotoristas, comandado por Valdevan Noventa, que acabou não reeleito, afirmou nesta quinta-feira que não convocou a greve e que a eventual paralisação é "ilegal".
Imbróglio
Ao longo do processo eleitoral no Sindmotoristas, três das quatro chapas candidatas pediram o adiamento da votação para o uso de urnas eletrônicas. A Justiça do Trabalho anulou a assembleia que pedia o adiamento da votação e manteve a eleição, da qual a Chapa 4 foi vencedora.
O novo grupo assumiria o comando da entidade nesta sexta. A Chapa 4 entrou com um recurso contra a anulação da eleição no sindicato, mas questionamentos de outras chapas levaram ao cancelamento das audiências.
A Chapa 4 diz que o estatuto do sindicato foi ferido e entende que o resultado das eleições precisa ser mantido.
Greve
Se fosse realizada, a greve seria a segunda paralisação dos ônibus municipais de São Paulo em menos de duas semanas. No dia 21, nove terminais foram bloqueados por sindicalistas. O ato aconteceu em meio à eleição do Sindmotoristas.
O próprio sindicato classificou a ação do dia 21 como uma maneira de "prejudicar o processo eleitoral". Em julho, outro pleito realizado na sede do sindicato, na Liberdade, acabou adiado em razão de um tiroteio em frente à entidade.
A paralisação seria ainda a segunda no transporte público na mesma semana. Na última terça-feira (28), funcionários do Metrô e da CPTM cruzaram os braços, provocando transtornos na cidade.
R7
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