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A taxa de desemprego continua em queda e chegou a 7,5% no trimestre que vai de setembro a novembro. É o menor nível trimestral móvel desde fevereiro de 2015, quando registrou a mesma marca. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“A taxa de 7,5% é a menor para um trimestre encerrado em novembro desde 2014 [6,6%], ou seja, retoma valores de quase dez anos atrás, quando a desocupação era bem mais baixa”, explica a coordenadora do estudo, Adriana Beringuy, por meio de texto divulgado pelo IBGE.
A pesquisa mostra que 8,2 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho. O indicador acumula retrações consecutivas desde maio. Foi o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015 (8,15 milhões).
Além disso, o número de pessoas ocupadas bateu recorde da série histórica e chegou a 100,5 milhões de brasileiros. O indicador cresceu 0,9% no trimestre (mais 853 mil pessoas) e 0,8% (mais 815 mil pessoas) nos últimos 12 meses
“É a terceira queda consecutiva da taxa de desocupação e, no trimestre encerrado em novembro, essa retração segue o movimento do mesmo período nos anos anteriores, quando, de modo geral, há redução nesse indicador. Nesse trimestre, a queda é explicada pela expansão no número de pessoas ocupadas”, explica Beringuy.
Do crescimento de 853 mil pessoas no contingente de ocupados, a maior parte (515 mil) foi absorvida pelo mercado de trabalho como empregado no setor privado com carteira assinada.
Essa categoria foi estimada em 37,7 milhões de trabalhadores, após a alta de 1,4% no trimestre, e chegou ao segundo maior patamar da série histórica da pesquisa. O maior foi registrado no trimestre encerrado em junho de 2014, quando eram 37,8 milhões trabalhando dessa forma.
Por sua vez, a taxa de informalidade subiu no trimestre encerrado em novembro. Ela foi de 39,2% da população ocupada, o que equivale a 39,4 milhões de trabalhadores informais. Nos três meses anteriores, a taxa havia sido de 39,1%.
“No trimestre encerrado em novembro, houve a manutenção do trabalho com carteira assinada em expansão, que vem ocorrendo desde 2022. Por outro lado, também observamos o aumento da participação da informalidade, já que a população ocupada informal também cresceu”, ressalta a coordenadora do levantamento.
Parte considerável dos trabalhadores informais, os empregados sem carteira assinada no setor privado somaram 13,4 milhões no trimestre, o maior contingente da série histórica, apesar da estabilidade estatística no trimestre e no ano.
“Esse número recorde se deve a essa categoria não ter apresentado recuo desde o trimestre encerrado em maio de 2021, embora nesse último trimestre a variação tenha sido mais discreta”, explica a pesquisadora.
Vale lembrar que, do final de 2015 até o começo de 2017, o Brasil passou pela sua mais profunda crise econômica. Na época, o PIB (Produto Interno Bruto, que mede o tamanho de uma economia) trimestral teve tombo de até 4,5%. Para efeito de comparação, a queda na pandemia foi de 3,3%, no final de 2020.
R7
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