quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

América-MG oficializa fim de negociações da SAF com grupo norte-americano

Foto: Mourão Panda/América-MG

O América-MG deu fim à negociação que tinha com um grupo de investimentos dos Estados Unidos pela SAF do clube. Na noite desta quarta-feira, o presidente da SAF, Marcus Salum, se reuniu com o Conselho Deliberativo para dar a notícia. Em pronunciamento à imprensa, o dirigente explicou os motivos que levaram ao encerramento das tratativas.

- Vários motivos nos levaram e isso. Foi quase um ano de negociação, com um grupo sério, que queria investir, que escolheu o América, mas surgiram impasses, especialmente no contrato que nós recebemos, com cláusulas que não abríamos mão, mas foram modificadas.

"Chegamos a negociar, mas o futebol mudou de tamanho, mudou de patamar, e nós fazemos entender ao grupo que precisavam investir mais. Chegando nesse impasse, entendemos que a melhor solução seria encerrar a negociação em bom nível."

O clube vivia, há alguns meses, o processo de auditoria com o investidor, auxiliado pela consultoria da Ernst & Young. Oficialmente e por questões contratuais, o América não confirmou quem seria o atual interessado no clube-empresa, mas fontes garantiram ao ge ser o norte-americano Robert Platek, que é dono do Spezia (Itália), do Casa Pia (Portugal) e do Sonderjyske (Dinamarca).

A partir de agora, com o fim da exclusividade, o América volta ao mercado para ouvir novas propostas. Segundo Salum, há muita procura de investidores pelo clube.

- Nosso valor aumentou, e nós vamos ao mercado buscar melhor proposta. Amadurecemos muito, aprendemos muito com essas duas negociações que não se encerraram. Não vejo nenhum problema nisso, porque fazer SAF é muito difícil.

Essa não é a primeira vez que o clube vive a frustração de não fechar a negociação. Em janeiro de 2022, o clube também teve um acordo que não deu certo com Kapital Footbal Partners, dos Estados Unidos.

O grupo estava negociando com o clube durante todo o ano de 2021, mas na reta final do acordo fez exigências com as quais o América não concordou. A partir daí, o Coelho voltou ao mercado e abriu novas negociações, encontrando o novo grupo disposto, no qual se negociou durante todo o ano.

Leia pronunciamento

"Fiz questão de fazer esse pronunciamento, principalmente para os americanos, mas também para toda imprensa, todo o mundo do futebol. Tivemos o privilégio de ter quase 100 americanos, o que nos honra muito. Nosso conselho cada vez mais jovem. Temos os tradicionais, mas está se renovando, com sócios vindo para a reunião. Ficamos muito felizes. Nossa torcida também está se renovando. Nossos conselheiros tinham que saber primeiro, fui muito reticente em falar com a imprensa antes, porque eu queria dar a notícia a eles primeiro.

Pode não parecer boa, mas é bastante positiva, na nossa visão. Encerramos a negociação com o grupo que queria ser sócio na SAF do América. Vários motivos nos levaram e isso. Foi quase um ano de negociação, um grupo sério, que queria investir, que escolheu o América, mas surgiram impasses, especialmente no contrato que nós recebemos, com cláusulas que não abríamos mão, mas foram modificadas. Chegamos a negociar, mas o futebol mudou de tamanho, mudou de patamar, e nós fazemos entender ao grupo que precisavam investir mais. Chegando nesse impasse, entendemos que a melhor solução seria encerrar a negociação em bom nível.

O América voltou ao mercado a partir de janeiro, está recebendo muitas procuras. Estamos tranquilos, porque esse grupo deveria entrar em novembro e nos permitiria mudar o patamar de investimento. Não veio, e nós entendemos que o momento do futebol brasileiro é diferente, com nível de investimento aumentado. Nosso valor aumentou, e nós vamos ao mercado buscar melhor proposta. Amadurecemos muito, aprendemos muito com essas duas negociações que não se encerraram. Não vejo nenhum problema nisso, porque fazer SAF é muito difícil.

Não é só com o América que acontece, mas a diferença é que o América é muito transparente, fazemos questão disso. A notícia foi essa. Seguimos com nosso trabalho. Tudo que fizemos foi com nossos recursos, sem contar com nada da SAF. O mercado está nos procurando, logo, logo, podemos trazer novidades, sem criar nenhuma expectativa. SAF é um negócio praticamente insolúvel, então tem que ser um negócio muito bem feito. Vamos fazer com responsabilidade, não vamos fazer qualquer negócio".

(Globo Esporte)

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