25/10/2022

Acusada de matar o próprio filho-recém nascido em Minas é presa no Espírito Santo

Foto: Polícia Civil
Por G1 e TV Gazeta Espírito Santo 

Uma mulher de 22 anos, suspeita de matar o próprio filho após dar à luz, foi presa nesta segunda-feira (24) no bairro no bairro Vila Nova, em Aracruz, região Norte do Espírito Santo. O crime teria ocorrido no dia 17 de dezembro de 2020, na residência dela, no bairro São Vicente de Paula, em Coronel Fabriciano, Minas Gerais.

Lorena Suellen Silva Arruda, conhecida como “Lorena Calhambeque”, era considerada foragida da Justiça mineira. De acordo com informações da Polícia Civil do Espírito Santo, ela tinha mandados de prisão em aberto, um por homicídio e outro por tráfico de drogas.

Segundo o titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, delegado André Jaretta, as investigações apontaram que Lorena se escondia em um imóvel localizado no município capixaba.

“Os investigadores da polícia de Aracruz identificaram a casa e, após monitoramento, conseguiram observar a foragida no interior do imóvel, instante em que entraram no local e deram voz de prisão à mulher. Ela não esboçou resistência”, disse o delegado.

O crime

De acordo com o processo que tramita na Vara Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Coronel Fabriciano, em Minas Gerais, Lorena é ré por matar o próprio filho recém-nascido por motivo torpe e cruel. As investigações apuraram que a mulher ocultou a gravidez, uma vez que não pretendia criar e educar a criança.

No dia 17 de dezembro de 2020, ela deu à luz à vítima na própria residência e, após o nascimento, colocou o bebê em uma sacola plástica e o amarrou, asfixiando a criança. Ela ainda pegou a sacola com o bebê e o arremessou pelo muro da residência, fazendo com que a queda gerasse um grande trauma e achatamento no crânio da criança, que morreu em seguida.

Ainda de acordo com o processo, logo que tiveram ciência do fato, os policiais civis do município de Coronel Fabriciano realizaram as primeiras diligências para buscar a possível autora e se deslocaram até a casa da avó da acusada, que informou que a neta estava sentido muitas dores abdominais, no dia 17 de dezembro, e que quando acordou viu a suspeita apoiado no vaso sanitário com marcas de sangue no chão. A avó alegou que não viu o bebê e que a acusada foi para o quarto descansar.

Já nos depoimentos realizados pela acusada à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), ela informou que colocou o filho recém-nascido na sacola da lixeira do banheiro e, no dia seguinte, retirou a sacola e depois a jogou no lote vizinho. Lorena disse ainda que no dia dos fatos, sentiu uma forte dor abdominal, foi até ao banheiro, apoiou no vaso, momento que sentiu sair algo do seu corpo. Foi aí que percebeu que estava dando à luz. No depoimento, a suspeita não demonstrou nenhum sinal de nervosismo e tristeza.

As diligências sobre o caso apontaram também que a avó da suspeita tinha costume de jogar restos no quintal, pois ela tem um cachorro que costuma comer os resíduos no local e que a suspeita teria jogado a sacola para ocultar os vestígios do crime.

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