sábado, 18 de julho de 2020

Morre neste sábado a décima vítima de intoxicação por cerveja da Backer

Foto: Arquivo Pessoal
A Polícia Civil de Minas Gerais informou, na manhã deste sábado (18), o falecimento da décima vítima de intoxicação provocada por dietilenoglicol, encontrado na cerveja Belorizontna, fabricada pela Backer. Marco Aurélio Gonçalves Cotta tinha 65 anos e estava internado desde dezembro de 2019, no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte.

Em nota, a Polícia Civil observa que o nome de Gonçalves Cotta já constava no inquérito remetido à Justiça e que o corpo foi encaminhado para ser necropsiado por uma equipe especial de médicos-legistas no Instituto Médico Legal Dr. André Roquette.

"A PCMG esclarece que a atuação, neste momento, compete ao Ministério Público de Minas Gerais, e que haverá, por parte da Polícia Civil, apenas informativo de quantidade e 'status' de vítimas", registra a nota. O MPMG foi procurado pela reportagem, mas só deve se manifestar sobre o assunto na segunda-feira (20).

A vítima teria tomado a cerveja em dezembro de 2019, nas festas natalinas e de fim de ano da família, tendo sentido os primeiros sintomas logo em seguida. A maior parte da internação foi na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), permanecendo somente 38 dias no quarto.

Durante todo o tratamento, ele teve oito paradas cardiorrespiratórias, sendo reanimado por quatro vezes. Na última, ficou desacordado por oito minutos, passando ao quadro de coma, que já durava 40 dias.

No dia 1º de julho, os médicos fizeram uma ressonância magnética e constataram a irreversibilidade do caso.

Gonçalves Cotta deixa esposa e três filhos.

A morte dele ocorre três dias após o falecimento da nona vítima, José Osvaldo de Faria, de 66 anos, que estava internado desde fevereiro de 2019 com sintomas compatíveis com a síndrome nefroneural causada pela intoxicação.

O inquérito policial considerava as mortes de oito pessoas, além de 20 possíveis vítimas da intoxicação – algumas delas hospitalizadas. Outros 30 casos são analisados.

A investigação apontou que a substância química dietilenoglicol estava presente na fábrica desde 2018. O inquérito também apontou que desde o início de 2019 havia alto índice de contaminação em um dos lotes de cerveja da empresa.

Procurada pela reportagem, a Backer informou que, por enquanto, a empresa não irá se manifestar.

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