Foto: Ascom/Medina - Local onde idosos se reuniam foi fechado |
O prefeito Evaldo Lúcio Peixoto explicou ao G1 que já havia passado uma tinta à base de cal nos bancos e mesmo assim, os idosos davam um jeito de sentarem.
“Eles pegavam folha de jornal e papelão, colocam no banco e sentavam. Como vi que não tinha jeito, decidi colocar arame farpado perto dos bancos e resolveu o problema. Ninguém vai querer sentar em cima de arame farpado. Colocamos fita de isolamento e folhetos informativos com orientações”.
No município, tem outras praças mas o local preferido dos idosos era a Praça Max Machado, que fica na área central. Segundo o Prefeito, eles costumavam chegar por volta das 7h, as 11h saíam para almoçar, tiravam um cochilo e 14h estavam de volta.
“Estamos tomando todas as medidas de prevenção e a nossa maior preocupação é com os idosos. Colocamos carros de som nas ruas com orientações e pedindo para a população ficar em casa. Aos poucos, as pessoas estão mais conscientes e estão ficando dentro de casa”.
Entre as principais ações para conter o avanço da doença, o prefeito destacou a dedetização das ruas, fechamento de igrejas, academias e escolas, além da suspensão do serviço de mototáxi e restrição no funcionamento do comércio, que é fechado as 14h.
“Também mandamos fechar nove locais de acesso à cidade e apenas a entrada principal está liberada, mas com barreira sanitária”, disse o prefeito.
Casos em Medina
O município confirmou mais quatro casos da doença no último boletim, divulgado nessa quinta-feira (28), e o número subiu para 15.
As quatro pacientes são mulheres e estão assintomáticas. Ao todo, foram notificados 41 casos suspeitos.
Os outros 11 moradores que já haviam testado positivo têm faixa etária entre 18 e 57 anos e estão em isolamento domiciliar.
De acordo com a Secretária de Saúde, Tatyana Figueiredo Navarro, o município adquiriu testes rápidos com recurso próprio para examinar pacientes assintomáticos que tiveram contato com caso positivo.
“Nesta semana, já realizamos cerca de 50 testes e o objetivo é evitar o maior número possível de proliferação dos casos”.
Ela esclareceu ainda que o hospital da cidade não foi classificado como referência para Covid-19 e também não tem leitos de UTI.
Os pacientes que dão entrada na unidade com sintomas da doença, são estabilizados e depois transferidos para os municípios de Itaobim ou Teófilo Otoni. De Medina a Itaobim, o percurso é de 42 km e para Teófilo Otoni, 200 km pela BR-116.
Ainda de acordo com a secretária, o município recebeu um recurso do Ministério da Saúde no valor de R$ 230 mil para enfrentamento da Covid-19 e a maior parte do dinheiro foi investido no Hospital Santa Rita.
“A unidade não recebeu nenhum recurso porque não é referência, mas decidimos usar mais de 80% do dinheiro para fortalecimento do hospital para termos condições mínimas de atendimento. Adquirimos suporte, medicamentos, EPIs e um respirador”.
G1 Minas
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