Divulgação/Usiminas |
A Câmara Municipal de Ipatinga (MG) agendou, para 5 de novembro, às 18h30, uma audiência pública que irá discutir a poluição causada pela Usiminas. O pedido foi feito pela vereadora Lene Teixeira, do PT, com o tema “Usiminas – Segurança e Meio Ambiente”.
Segundo a vereadora, o gabinete vem recebendo inúmeras reclamações acerca dos problemas causados pela emissão de partículas sedimentáveis, o ‘pó preto’. “Estamos recebendo muita reclamação da população sobre a sujeira e o incômodo que o ‘pó preto’ causa no cotidiano da vida das pessoas. Esse momento é muito importante, porque a gente espera ouvir da empresa o que ela tem a dizer sobre o assunto”, explicou Lene.
A audiência será realizada no plenário da Câmara e aberta ao público. “Essa é uma oportunidade, portanto, para a empresa se posicionar diante das críticas recebidas”, disse a parlamentar.
TAC
Neste mês, a siderúrgica assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para estabelecer uma rede permanente de monitoramento das partículas sedimentáveis e reduzir a emissão delas. Segundo o MP, o acúmulo do ‘pó preto’ em bairros da cidade está muito superior aos padrões legais.
O TAC diz que a Usiminas deverá implementar o sistema de monitoramento permanente das partículas sedimentáveis, em até três meses, para que envie ao MP dados reais a respeito dessas partículas, e serão realizados estudos técnicos que nunca foram feitos de uma forma mais extensa. Uma terceira medida, é que vão ser implementadas formas de controle e mitigação da dispersão de partículas sedimentáveis.
O acordo ainda diz que, após os estudos que serão realizados em até 13 meses, a Usiminas e o Ministério Público terão uma nova rodada de negociação para ajustamento das metas que farão com que a redução seja alcançada. Caso não cheguem a um acordo, a siderúrgica pode pagar uma multa de R$ 30 milhões.
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