TJMG / Divulgação |
A movimentação do talude norte da cava da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas, bateu recorde, atingindo o maior índice desde que o problema começou, há pouco mais de um mês. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foi registrado índice de 56 centímetros por dia, na manhã deste domingo. Ainda segundo a corporação, a tendência é de escorregamento lento e desagregado para o fundo da cava.
Os alertas em relação à estrutura começaram no último dia 12, quando análises da Vale detectaram movimentação no talude. A expectativa inicial era de que ele caísse entre os dias 19 e 25 de maio, podendo afetar a Barragem Sul Superior, localizada a 1,5 quilômetro do problema. Isso porque a represa está com nível 3 de alerta (o ponto máximo e o último previsto pela mineração antes de vazamento), desde março. Com a barragem fragilizada em sua estabilidade, a vibração da queda poderia ser o estopim para o rompimento da Sul Superior.
A movimentação começou com 10cm/dia e foi aumentando aos poucos. Contraindo as previsões iniciais, porções do talude começaram a se desprender gradativamente no último dia 31, deixando mais longe a hipótese de rompimento da barragem.
A estrutura continua sendo monitorada 24 horas pela Vale e a Defesa Civil, que informou que o aparato de emergência montado em Barão de Cocais só será retirado quando a estabilidade da represa for garantida.
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