Reprodução/TV Anhanguera |
Éder Silva afirmou que, no presídio, 'uma hora parece uma semana'. Família acredita que verdadeiro criminoso teria clonado documentos dele, o que resultou na detenção.
O analista financeiro Éder Moura da Silva, de 31 anos, que segundo a família ficou preso dois dias por engano, já está em casa ao lado da mulher e da filha, de 6 anos, em Goiânia. Os parentes afirmam que ele foi detido no lugar de um ladrão de carros, que teria clonado seus documentos. Aliviado, ele lembrou os momentos difíceis que passou na cadeia.
"É muito pior do que você imagina. Uma hora na cadeia parece que você está lá há uma semana. O tempo não passa”, afirmou. Éder foi detido na noite da última quarta-feira (30), na porta de casa, no Setor Recanto do Bosque. Ele chegava do supermercado com a família quando foi informado do mandado de prisão.
“Não desejo que isso aconteça para ninguém, situação muito desagradável, mas aconteceu e agora é me defender e vida que segue”, disse.
Durante dois dias, parentes fizeram uma peregrinação para reunir documentos e tentar comprovar que ele era inocente. A defesa conseguiu uma cópia da CNH do homem que seria o verdadeiro criminoso com os mesmos dados da do analista financeiro, mas com a foto e assinatura diferentes das dele.
Ela foi apresentada ao juiz Adegmar José Ferreira, da 10ª Vara Criminal de Goiás, que determinou a soltura dele na noite de sexta-feira (1). Os parentes foram recebê-lo na porta da penitenciária e se emocionaram.
No documento, o magistrado diz ter como intuito "resguardar a integridade física do requerente até que seja esclarecida a questão posta pela defesa".
O magistrado determina ainda que Eder compareça ao Instituto de Identificação Criminal em data já marcada para, após análise, comprovar que não é a pessoa que de fato foi condenada pelo crime.
Carinho da família
Em casa, Éder está recebendo todo o carinho da família. A filha, Ana Clara, não via a hora de abraçar o papai e relatou como estava o clima sem ele.
"Essa família não ia ficar tão boa sem o papai. Quando o papai voltou foi uma felicidade", celebrou.
A esposa de Éder, Tatielly Bueno Rocha, disse que o tempo todo se empenhou para reunir provas de que seu marido fosse liberado.
"Não tinha nem lágrimas mais para sair de tanto que eu chorei. Fiquei noites sem dormir, sem se alimentar direito porque era correria, busca um documento aqui, outro ali para juntar provas e mostrar quem é o Éder”, pontua.
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