quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Barrados no baile: craques que ficaram fora da Copa devido à contusões

Os craques brasileiros que foram cortados da Copa por causa de lesões na última hora

Por Redação ABRIL NA COPA 
Romário, em 1998: lágrimas e revolta contra o técnico
Romário, em 1998: lágrimas e revolta contra o técnico / Crédito: Folha Imagem

Na história do Brasil em Copas do Mundo, um time inteiro já teve a má sorte de se machucar e ser cortado às vésperas do torneio. E um dos primeiros desses desfalques foi Tesourinha, ponta-direita do Internacional. Eleito o melhor jogador do Campeonato Sul-Americano de 1949, vencido pelo Brasil, ele foi vendido ao Vasco e tinha presença certa na Copa de 1950. Pouco antes do torneio, porém, lesionou o menisco em um jogo contra o Flamengo e precisou ser operado. Na campanha do Tri, em 1970, o ponta Rogério, do Botafogo, teve uma contusão séria e foi cortado, dando lugar ao goleiro Emerson Leão.
O choro do artilheiro
O zagueiro Ricardo Gomes foi vetado na Copa de 1994, nos EUA, e cedeu a vaga a Ronaldão, do São Paulo. Ficaram de fora da Copa de 1998 o zagueiro Márcio Santos e o volante Flávio Conceição, além do atacante Romário. Dispensado já na França, o Baixinho deu uma comovente entrevista coletiva ao se despedir e, de volta ao Brasil, mandou pintar caricaturas do técnico Zagallo e do coordenador técnico Zico em portas do banheiro de seu bar, no Rio de Janeiro. Em seu lugar foi convocado o volante Émerson, que, ironicamente, seria dispensado em 2002, ao se machucar num treino um dia antes da estreia do Brasil. Às pressas, foi chamado o meia Ricardinho, do Corinthians. Na Alemanha, em 2006, o volante Edmilson se contundiu e o técnico Carlos Alberto Parreira chamou Mineiro, do São Paulo.
Fora, mas dentro

Zé Maria: cortado, ficou na Alemanha em 1974
Zé Maria: cortado, ficou na Alemanha em 1974 / Crédito: José Pinto
Em 1970, mesmo cortado, Rogério tornou-se um “23º jogador” e atuou espionando os adversários. Na Copa de 1974, na Alemanha, o goleiro Wendell e o volante Clodoaldo perderam a vaga na lista entregue à Fifa, mas foram mantidos no grupo. Em 1978, na Argentina, mais duas baixas: o lateral corintiano Zé Maria e o atacante Nunes, do Santa Cruz, se machucaram e não foram à Argentina.
Maldição da camisa 20
 
Careca, em 1982: corte já na Espanha
Careca, em 1982: corte já na Espanha / Crédito: Pedro Martinelli
Uma grande perda para a Copa de 1982 foi a do centroavante Careca, do Guarani. Dono da camisa 20 — um atacante da adversária Nova Zelândia que usaria esse número também foi cortado no mesmo dia —, ele sofreu um estiramento na coxa em um treinamento já na Espanha. Sua recuperação demoraria 20 dias e Telê Santana resolveu convocar Roberto Dinamite. Quatro anos mais tarde, no México, quem não embarcou por determinação médica foi Toninho Cerezo. Zico, por outro lado, foi mantido no grupo, mesmo machucado. E perdeu o pênalti contra a França que poderia ter nos dado a classificação à semifinal.
Zica dos rivais
 
Ballack: corte polêmico na Copa de 2010
Ballack: corte polêmico na Copa de 2010 / Crédito: Getty Images
A Copa de 1962 seria a última chance de o argentino Alfredo Di Stéfano disputar o torneio. Já veterano e naturalizado espanhol, chegou ao Chile machucado e entraria em campo nas quartas de final, mas sua seleção foi desclassificada na primeira fase. Na África do Sul, em 2010, o caso do alemão Michael Ballack deu pano para manga. Jogador do Chelsea, ele rompeu os ligamentos do joelho direito ao levar uma entrada violenta do ganês Kevin-Prince Boateng, do Portsmouth. Coincidentemente, Alemanha e Gana se enfrentariam na primeira fase da Copa. Os alemães ainda perderiam o meio-campista Christian Traesch, que torceu o pé em um treino. Os ganeses, por sua vez, não puderam contar com seu principal astro, Michael Essien.

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