Técnico deixa o comando da Ponte Preta e ressalta a emoção da torcida
Crédito obrigatório para reprodução da imagem: PontePress/Guilherme Dorigatti
O presidente da Ponte Preta Márcio Della
Volpe, o gerente de futebol Marcus Vinícius e o técnico Jorginho
participaram de uma coletiva de imprensa na tarde dessa sexta-feira (13)
para anunciar a saída do treinador do comando da Macaca.
“Só temos a agradecer o profissional
Jorginho. Ficamos muito tristes de ter que tomar essa decisão, mas a
realidade financeira da Ponte exige isso. Espero que isso seja um até
breve, para o Jorginho voltar assim que possível e retomar o trabalho
dele, que se em pouco tempo aqui já foi bom, imagine tendo mais”, diz o
presidente Della Volpe.
O treinador explica mais sobre os motivos
que levaram a essa decisão. “Infelizmente não conseguimos ter uma
renovação. Nós nem chegamos a discutir com relação a valores porque
sabemos da realidade do ano que vem, e a diretoria tem uma
responsabilidade muito grande em relação às questões financeiras e sabia
que não seria possível manter a condição de contrato que tem comigo e
minha comissão técnica. Ao vir para a Ponte Preta já baixei bastante
daquilo que eu tinha no Flamengo e no Japão, e não tinha condições de
mais uma vez reduzir o salário. Adaptei-me muito aqui e desenvolvi um
grande sentimento pela cidade e pelo clube, mas somos profissionais e
temos que levar essa questão em conta também”, afirma Jorginho.
O agora ex-comandante da Macaca considera
que o balanço de sua passagem pela Ponte foi bom. “Eu sei que não
conseguimos os dois objetivos maiores, o de permanecer na primeira
divisão e de ser campeão da Sul Americana, mas sabemos que a Ponte não
será mais a mesma. A Ponte alcançou um nível de reconhecimento e de
respeito que todos hoje sabem quem é a Ponte Preta até
internacionalmente. É claro que fica a tristeza de não ter conseguido,
pelo menos, deixar o time na primeira divisão, o que nós gostaríamos
muito. Meu tempo aqui foi muito curto e fica difícil chegar e resolver
tudo. Até conhecermos e entendermos todos os processos do clube e
jogadores passamos um tempo errando em substituições e apostando em
atletas errados. Isso foi um preço que pagamos.”
Jorginho também comenta sobre os melhores e
piores momentos na Ponte. “Os momentos mais felizes foram esses jogos
finais. Vencermos o São Paulo no Morumbi e o empate em Mogi Mirim com o
estádio cheio, e depois os toda a festa dos 30 mil no Pacaembu e ainda
levar 4 mil torcedores para a Argentina. O mais triste é lógico que foi o
momento em que foi decretado o rebaixamento antes mesmo de entrarmos em
campo contra a Portuguesa”, diz Jorginho.
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