20/12/2013

Despedida de Cuca em treino tem perdão a Marcos Rocha e melancolia

Treinador não participa de rachão como jogador, como costumava fazer

Por Direto de Marrakesh, Marrocos

O último treino do técnico Cuca no Atlético-MG foi marcado pela conversa e pelo clima frio. Tanto pela temperatura quanto pelo ambiente do grupo atleticano. O abalo pela eliminação da final do Mundial de Clubes da Fifa era visível no semblante de cada jogador e, também, do treinador. Um clima melancólico.
Até no treinamento foi diferente. O tradicional rachão antes de cada partida aconteceu, mas ao contrário dos anteriores, Cuca não participou como jogador. Fez o papel dele de treinador e, às vezes, de árbitro.
Cuca no treino do Atlético-MG (Foto: Fernando Martins) 
Cuca orientou normalmente o time no penúltimo dia de trabalho como treinador do 
Atlético-MG (Foto: Fernando Martins)

Antes da atividade, o treinador reuniu o grupo e teve uma breve conversa de cerca de 15 minutos. A maioria dos jogadores ficou cabisbaixa, ouvindo as palavras do técnico pela última vez em treinamento. Foram mais de dois anos ouvindo as orientações do comandante, que conquistou dois estaduais e a Libertadores.
Até as brincadeiras de todo grupo foram mais amenas. Entre um sorriso e outro por conta de uma chance perdida no treino, os jogadores rapidamente voltavam à seriedade. Ao final da atividade, Cuca concedeu uma breve entrevista a pedido dos jornalistas, já que o treinador irá participar de uma entrevista coletiva oficial da Fifa no período da tarde.
Entre os assuntos, Cuca falou sobre o último treino e sua passagem pelo clube.
- Foi o melhor lugar que trabalhei. Tanto pelo sentimento, pelo qualidade e tempo. Fizemos tudo o que podíamos pelo clube. Peço desculpas pelo último jogo, mas não pode apagar todo um trabalho por um jogo só. Vamos fechar com uma vitória esse trabalho – disse o treinador.
No próximo sábado, o time encara o Guangzhou, e o treinador manterá todo o time titular na busca pelo terceiro lugar, mas não tira da cabeça a derrota por 3 a 1 para o Raja Casablanca.
- Lógico que não é a partida que queríamos, queríamos estar na final. Não encaixamos o jogo, não tem uma explicação. Não jogamos bem de maneira geral. Temos que conviver com isso. Nada mais justo que repetir a equipe para que eles possam fazer um jogo melhor que fizeram na quarta-feira. Não se encontra um culpado. Todos dividem um pedaço. E o pedaço maior é meu, que foi a eliminação.
- Fiquei muito aborrecido, porque é um menino que gosto muito. Como treinador o entendo, porque ele estava com a cabeça quente. Mas faz parte do passado. Que ele amadureça com essa situação, que não se repita na carreira dele porque pode prejudicar ele mesmo. Tem que refletir. Foi falado com ele perante o grupo, que sirva de lição para que não faça mais no futuro.
O presidente Alexandre Kalil acompanhou toda a atividade da beira do gramado. Conversou bastante com a comissão técnica fixa, formada pelos prepadores físicos Carlinhos Neves e Manoel dos Santos e o preparador de goleiros Chiquinho, sobre o futuro e a chegada de Paulo Autuori, o novo treinador do Atlético-MG.

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