Cinco coincidências entre a
tragédia do Inter e a do Atlético
O Atlético Mineiro foi o segundo clube
brasileiro, ou sul-americano, a ser derrotado nas semifinais do Mundial
de Clubes da Fifa nesse formato, implementado em 2005. Perdeu do Raja
Casablanca por 3 a 1, e é impossível não se lembrar da primeira. Naquela
noite de 14 de dezembro de 2010, o Internacional aprendeu da pior forma
possível que a vaga na final do torneio não é cativa para o campeão da
Libertadores.
O Raja Casablanca jogou muito melhor que o congolês Mazembe, mas,
além do resultado cru, há pelo menos cinco coincidências entre a
tragédia de Abu Dhabi, há três anos, e a de Marrakech, nesta
quarta-feira. Vamos a elas?
Goleiro folclórico
O goleiro do Mazembe se chama Kidiaba, e só por isso ele já seria um
personagem muito legal, mas o responsável por defender os chutes do
Internacional há três anos ainda comemora batendo com o bumbum no chão. O
Raja Casablanca também tem o seu guardião carismático. Khalid Askri foi
aquele goleiro que defendeu um pênalti, levantou comemorando e não viu a
bola entrar no gol. É também o que falhou semanas seguintes, rasgou a
própria camisa e abandonou o gramado, apesar dos pedidos dos
companheiros.
Fifa, vamos voltar para o Japão?
O Corinthians foi campeão no Brasil, o Santos ganhou seus mundiais em
Portugal e no Maracanã, mas, no geral, os clubes brasileiros só se
deram bem disputando esse torneio no Japão. A derrota do Internacional
para o Mazembe foi em Abu Dhabi, e a do Atlético Mineiro, no Marrocos.
Fica a sugestão, na verdade, o apelo à Fifa para que a competição volte
para Yokohama ou para Tóquio o mais rápido possível.
O responsável
O atacante congolês Déo Kanda saiu do banco do Mazembe e substituiu
Mulota Kabangu contra o Internacional. E três anos depois, adivinha quem
entrou no lugar de Abdelilah Hafidi no time do Raja Casablanca? Ele
mesmo: Déo Kanda. Obviamente, ele é responsável pelas duas vitórias dos
africanos sobre os brasileiros. Ou você acredita em coincidências?
Quem vai contratá-lo, agora?
No lado brasileiro, também tem um jogador que participou das duas
tragédias. Alecsandro vestiu a camisa 9 do Internacional em Abu Dhabi e a
19 do Atlético Mineiro em Marrakech. Não fez nada, em nenhum dos jogos,
e duvido que algum time com ambição de se tornar o melhor do mundo vai
arriscar contratá-lo. Nem que seja só para não dar azar.
Foram longe?
Convenhamos: muita gente ficou surpresa quando Celso Roth e Cuca
ganharam a Libertadores. Não porque não sejam bons técnicos – são ótimos
-, mas porque havia toda aquela aura de derrotismo em torno de ambos.
Era difícil imaginar que eles um dia comandariam um clube no Mundial de
Clubes. Então, de certa forma, foram longe, né? É, eu sei, acho que eles
não concordariam comigo.
Bônus track
Eu sei, eu falei que foram apenas cinco, mas temos uma coincidência
bônus para você. As camisas do Mazembe e do Raja Casablanca são
praticamente idênticas – exceto, obviamente, pelas cores. O modelo das
camisas fornecidas pela Adidas é o mesmo.
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