Além de ter que pagar a B, Flu enfrentará várias interrogações em 2014
Wagner lamenta resultado final do Brasileiro (Foto: Uol)
Trivela
O Fluminense sabia que sua situação para a rodada final do
Campeonato Brasileiro era complicadíssima. Os Tricolores não dependiam
apenas de si e, de fato, somente a vitória sobre o Bahia em Salvador não
ajudou. O campeão brasileiro de 2012 terá que disputar a segunda
divisão em 2014 – um caso inédito no Brasil e
com poucos exemplos em outras ligas de elite. Como muitos queriam,
‘pagará o boleto da Série B’, depois de subir diretamente da terceira para a primeira divisão em 2000, graças ao tapetão da Copa João Havelange.
No entanto, o problema para o Fluminense é bem menos superficial do
que jogar a Segundona. Por todo o aporte que têm, não restam muitas
dúvidas de que os tricolores deverão passar pouco tempo longe da elite.
Mas, quão grande será essa força em 2014? A queda deixa também diversas
lacunas para o clube preencher. Em campo, no comando e até mesmo na
diretoria. Desde já, são três interrogações:
Como ficará a relação com a Unimed?
O contrato de patrocínio da Unimed já estava garantido para 2014
desde novembro, independentemente do destino do time na Série A.
Entretanto, Celso Barros já tinha sinalizado a redução dos investimentos
da empresa, que banca os salários de vários dos protagonistas do clube.
A vinda de Darío Conca está concluída e a segundona não atrapalhará o
retorno do meia às Laranjeiras. A dúvida maior é sobre os que já estão
no Tricolor. A saída de Deco reduziu o encargo, mas quais os planos com o
time fora da elite? Vale lembrar que a Unimed apoiava o Flu desde os
tempos de Série C. Mesmo assim, os contextos são totalmente diferentes.
Na época, a chegada do patrocinador visava uma reconstrução – não a
recuperação, como agora. Além disso, depois de tantos anos de parceria, o
desgaste é natural, especialmente quando há influência direta no que
acontece nos vestiários.
Quem comandará o Flu em 2014?
O contrato feito com Dorival Júnior deixa claro que o Fluminense não
queria compromisso longo. O treinador assumiu até o final do Brasileiro,
deixando a brecha para que um figurão fosse trazido com a permanência
na Série A ou para que Dorival fosse recompensado pelo trabalho. Por
fim, a queda deixa interrogações maiores. Dorival Júnior será mantido
mesmo sem cumprir seu objetivo ou se apostará nos trabalhos de
reconstrução que o elevaram de patamar há alguns anos? Se o técnico
sair, quem seria o nome ideal para reconduzir o clube à elite? Vale
ressaltar que o poder de atração dos tricolores no mercado de técnicos é
bem menor com o time longe do topo.
Diego Cavalieri e Fred permanecerão?
Dois dos principais jogadores do Fluminense têm reais chances de
disputar a Copa. Serão poucas rodadas da Série B até a convocação final
de Felipão. Ainda assim, a saída da dupla fica em aberto com a queda.
Fred está mais estabelecido no elenco, especialmente depois das ótimas
atuações com a Seleção desde o início do ano. No entanto, o artilheiro
entrou poucas vezes em campo nos últimos meses e teria propostas do
exterior. Já Cavalieri ainda concorre pelo posto de terceiro goleiro com
Victor, que correspondeu bem nos últimos amistosos.
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