11/11/2013

Em alta, Felipão revê "pedras no sapato" de sua trajetória na seleção


Do UOL, em São Paulo
 Em coletiva no Rio de Janeiro, Felipão perde a paciência com jornalistas ao falar sobre Diego Costa Julio Cesar Guimaraes/UOL
 
Luiz Felipe Scolari conseguiu, em alguns meses, transformar uma seleção brasileira desacreditada em uma das favoritas à Copa do Mundo de 2014. No fim do ano que marcou sua reação, porém, ele vai encarar velhos fantasmas pessoais. Últimos rivais da temporada, Honduras e Chile protagonizaram os dois piores momentos do técnico no comando do time verde-amarelo.
Se deram dor de cabeça, os tropeços ao menos serviram de aprendizado ao treinador em suas duas passagens pela seleção brasileira. Foi contra Honduras que Felipão sofreu sua derrota mais dura, a eliminação na Copa América de 2001. Diante do Chile, o empate por 2 a 2 no primeiro semestre rendeu ao técnico e seus comandados uma sonora vaia no Mineirão.
Os dois resultados são importantes na trajetória do treinador. Em 2001, Felipão teve sua primeira prova de fogo na Copa América disputada na Colômbia, que não teria a presença da Argentina por conta do temor pela violência no país. Sem o principal rival, o Brasil, mesmo em crise e sem seus principais jogadores, era favorito.
A derrota inesperada, além de vexatória por si só, deixou Felipão pressionado para o jogo que faria em seguida, pelas Eliminatórias para a Copa de 2002, contra o Paraguai. O 2 a 0 em Porto Alegre daria alívio e impulso a uma equipe igualmente desacreditada que terminaria aquele ciclo com o penta na Coreia do Sul e no Japão.
Onze anos depois, Felipão voltou à seleção. Em seus primeiros passos, o técnico viu sua equipe patinar diante de rivais europeus, vencer a primeira contra a fraca Bolívia e foi para o Mineirão reencontrar a torcida brasileira. O 2 a 2 sem brilho, com o Chile ameaçando uma surpresa ainda maior, rendeu uma vaia marcante aos comandados do treinador.
Aquela recepção inesperada em casa serviu igualmente de alerta para a seleção de Scolari, que se reencontrou meses depois. Com a mesma base que tropeçava sob o comando de Mano Menezes, o Brasil se impôs dentro de casa e conquistou a Copa das Confederações, passando de patinho feio a favorita para a Copa do ano que vem.
A partir desta segunda, Felipão poderá vingar-se das duas pedras no sapato. No próximo sábado, o Brasil encara Honduras no Sunlife Stadium, em Miami, às 22h30 (horário de Brasília). Na terça seguinte, dia 19 de novembro, o time viaja até o frio de Toronto, no Canadá, para encarar o Chile, às 23h (horário de Brasília). 

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