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Câmeras
de segurança flagraram a confusão envolvendo seus torcedores
organizados (Foto: Reprodução)
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O São Paulo não joga mais no Morumbi no Campeonato Brasileiro. Nesta sexta-feira o clube foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa da confusão envolvendo seus torcedores organizados, a Polícia Militar, e torcedores do Corinthians, no Morumbi,
durante o clássico entre as duas equipes, há duas semanas. O clube
tricolor acabou punido com a perda de quatro mandos de campo. Já o rival
só recebeu multa, de R$ 20 mil.
A oito rodadas do fim do Brasileirão, o São Paulo tem mais quatro
jogos a fazer como mandante e todos eles terão que acontecer a 100km da
capital: contra Portuguesa, Flamengo, Botafogo e Coritiba. O time ainda
joga fora de casa diante de Inter, Atlético-PR, Fluminense e Criciúma.
Diante da possibilidade de Rogério Ceni se aposentar ao fim da
temporada, quando se encerra o seu contrato, a partida diante do
Atlético Nacional (Colômbia), provavelmente na próxima quarta-feira,
pode ser a última oficial do goleiro no Morumbi. Isso porque, neste ano,
o São Paulo só volta a jogar no seu estádio se avançar na Copa
Sul-Americana. Por conta de um sorteio prévio, o clube será sempre
visitante na competição.
Já o Corinthians, que ainda cumpre pena de quatro mandos de campo por
conta de uma briga entre a sua torcida e a do Vasco, no Mané Garrincha,
em Brasília, terá que apenas pagar multa desta vez. O São Paulo também
foi punido no bolso pela confusão envolvendo sua torcida: R$ 80 mil.
JULGAMENTO - Os dois clubes foram denunciados no artigo 213 do CBJD
(Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que fala em "deixar de tomar
providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de
desporto".
Na sua defesa, o São Paulo alegou que separou devidamente as torcidas
adversárias por um muro, impedindo inclusive o contato visual, e que a
confusão começou depois que "algum incidente" atiçou os torcedores. "Não
há prova nos autos dessa troca de bombas. A TV pega tudo. E não pegou o
início desse conflito. Não vimos bombas. Mas vamos entender que partiu
do Corinthians. E isso foi uma reação", disse o advogado do São Paulo,
Carlos Portinho.
Na argumentação do São Paulo, foi a PM quem potencializou o
confronto. "A polícia generalizou e transformou todos ali em marginais.
Colocou todos como bandidos e aí as pessoas reagiram diante de tal
covardia", reclamou Portinho.
Na sequência, o advogado do Corinthians, João Zanforlin, fez a defesa
do clube e ressaltou que as imagens levadas pelo São Paulo não
mostravam a torcida corintiana. "Se tivesse algo da torcida do
Corinthians você acha que não teríamos imagens aqui?", observou
Zanforlin.
Após as explanações, o auditor Wanderley Godoy Júnior decidiu aplicar
ao São Paulo a mesma pena que Corinthians e Vasco receberam pela briga
de suas torcidas em Brasília: quatro mandos de campo e R$ 80 mil de
multa. O voto foi acompanhado pelo relator, Lucas Lima, e por Paulo
Henrique Bracks, presidente do julgamento.
O entendimento deles também foi de que não há provas do uso de bombas
caseiras por ambas as partes, conforme mostrou relatório da Polícia
Militar. Por isso a punição não foi mais dura e o Corinthians só foi
multado.
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